CANDIDATURA
Ex-ministra de Minas e Energia e da Casa Civil, Dilma foi alçada já em 2008 à condição de candidata pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que começou então a dar as primeiras indicações de que gostaria de ver uma mulher ocupando o posto mais importante da República.
Em 31 de março deste ano, Dilma deixou a Casa Civil para entrar na pré-campanha.
Cresceu nas pesquisas e chegou a ter mais de 50% dos votos válidos em todas elas, mas começou a oscilar negativamente dias antes do primeiro turno, após a revelação dos escândalos de corrupção na Casa Civil e da entrada do tema do aborto na campanha.
Logo no primeiro debate do segundo turno, reagiu aos ataques que vinha sofrendo e contra-atacou Serra. A partir daquele momento, a diferença entre os dois candidatos nas pesquisas parou de cair.
Dilma se torna neste domingo o 40º presidente da República brasileira.
Sérgio Moraes/Reuters
NOME FORTE
Dilma tornou-se um nome forte para disputar o cargo ao assumir o posto de ministra-chefe da Casa Civil, em junho de 2005, após a queda de José Dirceu no escândalo do mensalão.
No comando da Casa Civil, Dilma travou uma intensa disputa com o então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, por causa da política econômica do governo. Enquanto ele defendia aperto fiscal, ela pregava aceleração nos gastos e queda nos juros.
Dilma acabou assistindo à queda de Palocci, em março de 2006, devido à quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.
Com a reeleição de Lula e sem grandes rivais à altura no PT, Dilma tornou-se, depois do presidente, o grande nome do governo.
Apesar do poder acumulado e do protagonismo que passou a exercer ao lado de Lula, até outubro de 2007 Dilma negava que seria candidata.
MINAS E ENERGIA
Sua atuação à frente do Ministério de Minas e Energia rendera-lhe a simpatia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que enxergou na subordinada, de perfil discreto e trabalhador, a substituta ideal para o posto de Dirceu.
Ela foi indicada para o ministério logo após Lula se tornar presidente, em 2002. No comando da pasta, anunciou novas regras para o setor elétrico além de lançar o programa Luz para Todos --uma das bandeiras de sua candidatura.
O novo marco regulatório para o setor elétrico --lançado em 2004-- foi considerado a primeira iniciativa do governo Lula, na área de infra-estrutura, de romper com os padrões do governo FHC, marcado pelo "apagão" de 2001.
A principal característica do novo marco foi o aumento do poder do Estado em detrimento da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
ORIGEM
O pai de Dilma, Pedro Rousseff, veio para a América Latina na década de 30 do século passado. Viúvo, deixara um filho, Luben, na Bulgária. Passou por Salvador, Buenos Aires e acabou se instalando em São Paulo. Fez negócios na construção civil e com empreitadas para grandes empresas, como a Mannesmann.
Já estava havia cerca de dez anos no Brasil quando, numa viagem a Uberaba, conheceu a professora primária Dilma Jane Silva, nascida em Friburgo (RJ), mas radicada em solo mineiro. Casaram-se e tiveram três filhos. Igor nasceu em janeiro de 1947, Dilma, em dezembro do mesmo ano, e Zana, em 1951. A família escolheu Belo Horizonte para morar.
Postado por Oni Presente
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segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Homenagem ao CORNUDO DE COTURNO, o blog!
O esperneio patético do senhor Fernando Henrique Cardoso
Na tarde deste domingo, bem antes da apuração dos votos, mas já cheirando a derrota que se desenhou nas urnas, antecipada pelas pesquisas, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, cardeal tucano cujos governos deixaram uma amarga lembrança, esperneou e esbravejou contra Dilma e Lula.
FHC disse que o currículo de Dilma Rousseff “é ruim. É de agressão”. Acusou o presidente Lula de intransigência e intolerância, de “dinamitar pontes” no relacionamento com o PSDB. É um esperneio.
Só cabe comentar que FHC é falso até no esperneio. A “agressão” no processo eleitoral não partiu da candidata da coligação Para o Brasil Continuar Mudando. Veio do tucano José Serra, que apelou ao obscurantismo e, em desespero, baixou o nível da campanha e inviabilizou um debate programático mais elevado e politizado.
A pecha de intransigente ou intolerante também se ajusta melhor ao ex-presidente tucano do que a Lula. FHC começou seu governo lançando o Exército contra os petroleiros. Não dialogou com os trabalhadores. Fez as privatizações atropelando os movimentos sociais e sem consultar a opinião do povo brasileiro, que nunca favoreceu a entrega do patrimônio público a capitalistas estrangeiros ou nacionais.
O presidente Lula, muito pelo contrário, sempre pautou o relacionamento com os movimentos sociais e a população pelo espírito democrático. Foi tolerante. Priorizou o diálogo. Respeitou a vontade do povo, interrompeu o processo de privatização e reverteu as políticas neoliberais.
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