Um blog alinhado com a verdade, e a veracidade dos fatos, comentando acontecimentos, e repassando informações e notícias do dia a dia.
domingo, 24 de janeiro de 2010
Como Nasce um Blog Anti-Petista
Por Guina
Tudo começa com um sonho.
O anti-petista inicia uma ousada empreitada pretensiosa para aumentar o número de simpatizantes da “sofisticada organização golpista” (PIG), que atualmente é composta por meia dúzia de jornalistas pagos por grandes grupos da mídia comercial para escrever mentiras e calúnias contra o PT e o governo Lula – número que o anti-petista considera muito baixo.
Como a maioria esmagadora dos cidadãos não acreditam no que diz os anti-petistas, o golpista fica epidermicamente revoltado e conclui que essas pessoas precisam de uma reeducação já que, obviamente, não entenderam o que é o anti-petismo.
O golpista então cria o seu blog. Começa escrevendo no canto superior direito: “blog para divulgar que o Brasil está nas mãos de terroristas (ou outras babaquices do gênero)”.
Os primeiros lugares que ele se lembra de procurar uma notícia favorável à “sofisticada organização golpista” (PIG), são nos sites do PSDB, DEM, Reinaldo Azevedo, Olavo de Carvalho, Ternuma.
Então o golpista faz o conhecido control copy, control paste e então, já tem a sua primeira notícia publicada. Ele fica animado com o resultado, e já imagina quantas novas pessoas ele conseguiu iludir contra o PT com o seu novíssimo blog – uma? duas? três? não, muito cedo ainda, ele acha que até agora convenceu apenas uma nova pessoa.
Aí o golpista descobre que há pelo menos 100 blogs iguaizinhos ao dele. Tem este, este, este, este, e por aí vai. Mas, ao contrário do que se imagina, ele fica ainda mais animado e já sonha com a nova pesquisa de avaliação do governo Lula – que deve recompensar os seus esforços, levando o anti-petismo a superar a preferência da população brasileira pelo PT e pelo Presidente Lula.
Com tantos blogs idênticos ao dele, com as mesmas notícias copiadas do site da “sofisticada organização golpista” (PIG), o golpista descobre que é mais fácil copiar diretamente as notícias dos outros blogs e aumentar uma ou outra linha – com mentiras ou boatos sobre o PT.
Depois de muito tempo passado, o golpista descobre que existem blogs petistas e vem nos encher o saco. Mas ele não argumenta. Ele não sabe argumentar.
Então o que o golpista anti-petista faz.?
Control copy, control paste na nossa caixa de comentários.
Se Serra vendesse só sua própria mãe não teria problema. O problema é que ele está vendendo o povo de SP
Postado por Glória Leite
Pedágio deixa 1,2 mil pessoas ilhadas na zona rural
Os moradores reclamam que estão ilhados e que precisam pagar a taxa para ir ao Centro da cidade
A instalação do pedágio em Engenheiro Coelho, no Km 159,7 da Rodovia General Milton Tavares de Souza (SP-332), deixou ilhados aproximadamente 1,2 mil moradores da zona rural e de condomínios de três bairros do município — Lagoa Bonita, Parada e Cidade Universitária. A concessionária Rota das Bandeiras bloqueou o acesso a uma estrada municipal que servia como rota de fuga do pedágio e removeu uma rotatória que permitia aos veículos atravessar a rodovia.
"Brasil, mostra a tua cara!"
Postado por Glória Leite
Pedágio deixa 1,2 mil pessoas ilhadas na zona rural
Os moradores reclamam que estão ilhados e que precisam pagar a taxa para ir ao Centro da cidade
A instalação do pedágio em Engenheiro Coelho, no Km 159,7 da Rodovia General Milton Tavares de Souza (SP-332), deixou ilhados aproximadamente 1,2 mil moradores da zona rural e de condomínios de três bairros do município — Lagoa Bonita, Parada e Cidade Universitária. A concessionária Rota das Bandeiras bloqueou o acesso a uma estrada municipal que servia como rota de fuga do pedágio e removeu uma rotatória que permitia aos veículos atravessar a rodovia.
"Brasil, mostra a tua cara!"
Postado por Glória Leite
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
CGU realiza ações de combate à corrupção
Irregularidades constatadas pela Controladoria-Geral da União (CGU) na aplicação de recursos federais repassados para municípios de seis estados do Nordeste serão alvo de diversas ações civis públicas que a Procuradoria Regional da União (PRU) vai impetrar na Justiça Federal ao longo desta e da próxima semana. A PRU da 5ª região é uma unidade da Procuradoria-Geral da União (PGU), órgão da Advocacia-Geral da União (AGU).
Serão movidas ações judiciais contra gestores e ex-gestores públicos, além de empresas acusadas de envolvimento nas irregularidades, que foram detectadas pelo Programa de Fiscalização. É uma espécie de força-tarefa que vai mobilizar procuradores e advogados da União de Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
Governo quer manter repasses para o "Caminho da Escola"
A Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou ao Tribunal Superior Eleitoral uma petição para manter os repasses de recursos do programa "Caminho da Escola" para os estados e municípios já beneficiados durante este período pré-eleitoral. O programa do governo federal tem por objetivo a renovação e ampliação da frota utilizada no transporte diário de alunos das escolas de educação básica que moram em zonas rurais. A AGU está preocupada com a interpretação, pelo TSE, do dispositivo da Lei das Eleições que proíbe, nos três meses anteriores aos pleitos, a transferência de recursos da União aos estados e municípios. A lei ressalva os casos em que há obrigação formal preexistente para execução de obras ou serviços já em andamento, com cronogramas prefixados.
De acordo com a AGU, os repasses de recursos do "Caminho da Escola" devem ser incluídos nas exceções previstas na lei. Para isso, apresenta dois motivos: a adesão formal dos estados e municípios ao projeto e uma possível situação de emergência, comprovada pelas atuais condições do transporte de crianças e adolescentes para suas escolas nas zonas rurais.
Na petição, a AGU apresenta os resultados de uma pesquisa feita pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) sobre o transporte escolar no País. De acordo com o estudo, dos veículos utilizados para transportar os alunos, 27,7% são inadequados para o transporte de passageiros. No Nordeste, mais de metade da frota desse tipo de transporte é formada por caminhões. O relator do pedido no TSE é o ministro Felix Fischer.
Por: Helena™
sábado, 9 de janeiro de 2010
Ladrão arrependido
Arruda arrependido
Um dia depois de José Roberto Arruda ter pedido desligamento do PSDB, em abril de 2001, em decorrência da violação do sigilo do painel de votação do Senado, dois políticos conversavam sobre o futuro do então senador. O primeiro fez uma previsão algo surpreendente:
- Quer saber? Eu acho que esse aí volta logo, logo...
- Mas com toda a repercussão? Com base em que você está dizendo isso? - perguntou o segundo.
- Com base na minha empregada.
Diante do olhar intrigado do colega, ele explicou:
- Adivinha quem bateu na porta da casa dela às seis da manhã hoje? O Arruda! Disse que queria pedir desculpas. (Coluna da Renata Lo Prete, dia 13 de dezembro 2009)
Janeiro de 2010, na TV...
O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), pediu "perdão pelos pecados" que cometeu,
"Talvez ingenuamente eu permiti que esses interesses tão contrariados ficassem tão próximos de mim", disse. "Devo também ter cometido erros, é claro. Quero dizer a vocês, de coração, que já perdoei a todos que me agrediram. Eu perdoo a cada dia aos que insultam. Eu entendo as suas indignações pela força das imagens. E sabem por que eu perdoei? Porque só assim eu posso pedir perdão pelos meus pecados", penitenciou-se Arruda.
O governador tem o hábito de pedir perdão aos eleitores de Brasília sempre que se mete numa enrascada. Em 2001, ele renunciou ao mandato de senador depois de ser pego, junto com o então presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA, já morto), espiando a lista secreta da votação que cassou o mandato do senador Luiz Estevão (PMDB-DF).
Arruda negou por duas vezes que tivesse visto a lista e chegou a jurar pelos filhos que de nada sabia e ainda teve como álibe o blogueiro barrigueiro Noblat. Mas, com o depoimento de testemunhas que haviam aberto a lista para ele, não teve outro jeito. Confessou a atitude, renunciou ao mandato e começou a mandar cartas com pedido de perdão aos eleitores. Assim, conseguiu eleger-se deputado federal, em 2002, e governador de Brasília, em 2006.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Ilha do Urubu, o paraíso traído
Por Leandro Fortes (Carta Capital)
Há um mês, o deputado Emiliano José (PT-BA) subiu à tribuna da Câmara dos Deputados, em Brasília, para tornar pública a descoberta do último legado do carlismo ao povo e ao estado da Bahia. Derrotado nas eleições estaduais de outubro de 2006, em primeiro turno, por Jaques Wagner (PT), o ex-governador Paulo Souto apressou-se em tomar medidas administrativas, fazer ajustes orçamentários e, a pouco mais de um mês de deixar o cargo, abrir mão de um pequeno e ultravalioso paraíso ambiental público, no sul do estado, em favor de uma ação imobiliária nebulosa iniciada por um ainda mais estranho processo de doação.
A Ilha do Urubu é recanto de beleza natural praticamente intocada na região de Trancoso, próximo a Porto Seguro, no chamado Quadrilátero do Descobrimento, no sul da Bahia. A ocupação do lugar é disputada, há pelo menos três décadas, pela família Martins, de pequenos comerciantes e pescadores. Ainda assim, em 20 de novembro de 2006, depois de derrotado nas eleições, Paulo Souto decidiu doá-la a apenas cinco dos Martins: Maria Antônia, Benedita Antônia, Ivete Antônia, Joel Antônio e Angelina.
De acordo com a lei, o quinteto só poderia vender o imóvel depois de cinco anos de uso, mas a ilha acabou vendida quatro meses mais tarde, pela bagatela de 1 milhão de reais, para o empresário espanhol, naturalizado brasileiro, Gregório Marin Preciado. Um ano depois, o paraíso baiano foi passado adiante por 12 milhões de reais para o empresário belga Philippe Meeus, especulador imobiliário proprietário de um resort na Praia da Ferradura, em Búzios (RJ).
Estranhamente, um mês antes de Paulo Souto doar a Ilha do Urubu, a parte da família Martins beneficiária da ação do governador andava às turras com o futuro primeiro comprador da área, Gregório Preciado. Isto porque Preciado alega ter uma escritura de proprietário da ilha. Chegou, inclusive, a apresentar o documento como garantia para obter um empréstimo de 5 milhões de reais no Banco do Brasil. Escalado para apresentar aos Martins um mandado judicial de reintegração de posse impetrado por Preciado, o oficial de Justiça Dílson José Ferreira de Azevedo testemunhou atos de violência perpetrados por capangas do empresário.
Ao chegar à ilha, em 26 de outubro de 2006, Azeredo encontrou apenas um casal de velhos à sombra de uma árvore. Eram Maria Antônia e Joel Antônio Martins. Os dois foram oficiados, sem nenhum problema ou confusão, mas logo a paz do lugar acabou perturbada pela intervenção de empregados de Preciado. Assim escreveu o oficial de Justiça à Vara Cível e Comercial da Comarca de Porto Seguro: “Prepostos dos autores (além de Preciado, a mulher dele, Vicência Marin) procederam a derruba e queima do barraco ali existente”. Dois meses depois, Maria e Joel- venderiam a mesma terra a quem lhes havia derrubado e incendiado a casa.
Preciado, ex-arrecadador de campanha do governador José Serra, de São Paulo, também foi casado com uma prima do tucano. Em 2002, o Ministério Público Federal entrou com uma ação de improbidade administrativa contra dezoito pessoas e empresas ligadas ao ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira, outro arrecadador de campanha do PSDB, inclusive de Serra. Entre os implicados estava Gregório Preciado, apontado como sócio do governador em duas empresas, Gremafer Comercial e Aceto Vidros e Cristais.
De acordo com o processo aberto na Justiça Federal de Brasília, Gregório Preciado se beneficiou de dois contratos irregulares, em 1995 e 1998, num total de 73,7 milhões de reais, durante o processo de privatização de empresas públicas do governo Fernando Henrique Cardoso. Mas o pulo do gato da vida de Preciado foi dado mesmo em 1996, quando ele se associou à Iberdrola, gigante espanhola do ramo energético, por meio do consórcio Guaraniana, montado por Ricardo Sérgio com a ajuda dos fundos de pensão da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil. Entre 1997 e 2007, o grupo representado pelo arrecadador de campanha tucano arrematou as empresas de energia elétrica da Bahia (Coelba), Pernambuco (Celpe) e Rio Grande do Norte (Cosern).
Outro complicador, a briga interna que se desenrola entre os Martins. Na semana passada, a parte da família não agraciada pela doação de Paulo Souto entrou em juízo com uma ação rescisória, em Porto Seguro, contra a outra parte e ameaçou permitir a entrada de 200 índios pataxó da região na Ilha do Urubu, a fim de impedir a tomada de posse do empresário Philippe Meeus. Os Martins excluídos da negociata alegam possuir documentação de posse da terra, datada de 1931.
O ex-governador alega ter entregue as terras da Ilha do Urubu aos Martins por se tratar de família carente ali residente há mais de 30 anos. Portanto, não havia como ele prever que, menos de um ano depois, o principal beneficiário da caridade governamental seria Meeus, milionário a quem se atribui a propriedade de 36 Ferrari. A cadeia de transmissão de posse da área está sendo investigada pela Polícia Federal, na Bahia, porque se configura em caso clássico de lavagem de dinheiro – ainda mais por envolver um notório arrecadador de campanhas políticas.
O quiproquó sobre a lha do Urubu foi levantado por um jovem advogado de Porto Seguro, Rubens Luís Freiberger, e se transformou numa ação popular ajuizada por um colega de Salvador, César Oliveira, no Tribunal de Justiça da Bahia. “Os detalhes dessa ‘ação social’ de Paulo Souto são estarrecedores”, afirma Oliveira.
De acordo com levantamento feito pelo deputado Emiliano José, combatente histórico do carlismo na Bahia, a doação da Ilha do Urubu foi apenas uma das diversas ações de Paulo Souto voltadas, no fim do mandato, para complicar a gestão do sucessor, Jaques Wagner.
Segundo o levantamento entre 4 de outubro e 31 de dezembro de 2006, após ser derrotado por Wagner, Souto partiu para uma política de terra arrasada. Naquele período de apenas três meses, o Diá-rio Oficial registrou a outorga de dezessete áreas de terras do estado, além de doações feitas por órgãos públicos descentralizados de doze imóveis e 1.043 veículos-. Isso sem falar em atos de alterações orçamentárias, cerca de 1,5 bilhão de reais, uma média de 25 milhões por dia, durante os últimos 60 dias úteis do mandato do ex-governador do DEM.
Paulo Souto também alterou o prazo e o valor de recolhimentos do ICMS para antecipar a arrecadação de 2007, no afã de produzir receita e, assim, conseguir fechar o caixa de 2006. As medidas, segundo Emiliano José, atingiram as principais empresas arrecadadoras do tributo na Bahia, entre elas as de telecomunicações, energia elétrica e petróleo, num montante superior a 70 milhões de reais-. Como deferência ao chefe derrotado, Souto concedeu remissão parcial de ICMS e dispensa de multas e acréscimos moratórios para empresas de comunicação locais. Beneficiou diretamente, assim, a Rede Bahia, de propriedade da família de Antonio Carlos Magalhães, hoje controlada pelo filho, o senador Antonio Carlos Magalhães Júnior (DEM).
Há um mês, o deputado Emiliano José (PT-BA) subiu à tribuna da Câmara dos Deputados, em Brasília, para tornar pública a descoberta do último legado do carlismo ao povo e ao estado da Bahia. Derrotado nas eleições estaduais de outubro de 2006, em primeiro turno, por Jaques Wagner (PT), o ex-governador Paulo Souto apressou-se em tomar medidas administrativas, fazer ajustes orçamentários e, a pouco mais de um mês de deixar o cargo, abrir mão de um pequeno e ultravalioso paraíso ambiental público, no sul do estado, em favor de uma ação imobiliária nebulosa iniciada por um ainda mais estranho processo de doação.
A Ilha do Urubu é recanto de beleza natural praticamente intocada na região de Trancoso, próximo a Porto Seguro, no chamado Quadrilátero do Descobrimento, no sul da Bahia. A ocupação do lugar é disputada, há pelo menos três décadas, pela família Martins, de pequenos comerciantes e pescadores. Ainda assim, em 20 de novembro de 2006, depois de derrotado nas eleições, Paulo Souto decidiu doá-la a apenas cinco dos Martins: Maria Antônia, Benedita Antônia, Ivete Antônia, Joel Antônio e Angelina.
De acordo com a lei, o quinteto só poderia vender o imóvel depois de cinco anos de uso, mas a ilha acabou vendida quatro meses mais tarde, pela bagatela de 1 milhão de reais, para o empresário espanhol, naturalizado brasileiro, Gregório Marin Preciado. Um ano depois, o paraíso baiano foi passado adiante por 12 milhões de reais para o empresário belga Philippe Meeus, especulador imobiliário proprietário de um resort na Praia da Ferradura, em Búzios (RJ).
Estranhamente, um mês antes de Paulo Souto doar a Ilha do Urubu, a parte da família Martins beneficiária da ação do governador andava às turras com o futuro primeiro comprador da área, Gregório Preciado. Isto porque Preciado alega ter uma escritura de proprietário da ilha. Chegou, inclusive, a apresentar o documento como garantia para obter um empréstimo de 5 milhões de reais no Banco do Brasil. Escalado para apresentar aos Martins um mandado judicial de reintegração de posse impetrado por Preciado, o oficial de Justiça Dílson José Ferreira de Azevedo testemunhou atos de violência perpetrados por capangas do empresário.
Ao chegar à ilha, em 26 de outubro de 2006, Azeredo encontrou apenas um casal de velhos à sombra de uma árvore. Eram Maria Antônia e Joel Antônio Martins. Os dois foram oficiados, sem nenhum problema ou confusão, mas logo a paz do lugar acabou perturbada pela intervenção de empregados de Preciado. Assim escreveu o oficial de Justiça à Vara Cível e Comercial da Comarca de Porto Seguro: “Prepostos dos autores (além de Preciado, a mulher dele, Vicência Marin) procederam a derruba e queima do barraco ali existente”. Dois meses depois, Maria e Joel- venderiam a mesma terra a quem lhes havia derrubado e incendiado a casa.
Preciado, ex-arrecadador de campanha do governador José Serra, de São Paulo, também foi casado com uma prima do tucano. Em 2002, o Ministério Público Federal entrou com uma ação de improbidade administrativa contra dezoito pessoas e empresas ligadas ao ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira, outro arrecadador de campanha do PSDB, inclusive de Serra. Entre os implicados estava Gregório Preciado, apontado como sócio do governador em duas empresas, Gremafer Comercial e Aceto Vidros e Cristais.
De acordo com o processo aberto na Justiça Federal de Brasília, Gregório Preciado se beneficiou de dois contratos irregulares, em 1995 e 1998, num total de 73,7 milhões de reais, durante o processo de privatização de empresas públicas do governo Fernando Henrique Cardoso. Mas o pulo do gato da vida de Preciado foi dado mesmo em 1996, quando ele se associou à Iberdrola, gigante espanhola do ramo energético, por meio do consórcio Guaraniana, montado por Ricardo Sérgio com a ajuda dos fundos de pensão da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil. Entre 1997 e 2007, o grupo representado pelo arrecadador de campanha tucano arrematou as empresas de energia elétrica da Bahia (Coelba), Pernambuco (Celpe) e Rio Grande do Norte (Cosern).
Outro complicador, a briga interna que se desenrola entre os Martins. Na semana passada, a parte da família não agraciada pela doação de Paulo Souto entrou em juízo com uma ação rescisória, em Porto Seguro, contra a outra parte e ameaçou permitir a entrada de 200 índios pataxó da região na Ilha do Urubu, a fim de impedir a tomada de posse do empresário Philippe Meeus. Os Martins excluídos da negociata alegam possuir documentação de posse da terra, datada de 1931.
O ex-governador alega ter entregue as terras da Ilha do Urubu aos Martins por se tratar de família carente ali residente há mais de 30 anos. Portanto, não havia como ele prever que, menos de um ano depois, o principal beneficiário da caridade governamental seria Meeus, milionário a quem se atribui a propriedade de 36 Ferrari. A cadeia de transmissão de posse da área está sendo investigada pela Polícia Federal, na Bahia, porque se configura em caso clássico de lavagem de dinheiro – ainda mais por envolver um notório arrecadador de campanhas políticas.
O quiproquó sobre a lha do Urubu foi levantado por um jovem advogado de Porto Seguro, Rubens Luís Freiberger, e se transformou numa ação popular ajuizada por um colega de Salvador, César Oliveira, no Tribunal de Justiça da Bahia. “Os detalhes dessa ‘ação social’ de Paulo Souto são estarrecedores”, afirma Oliveira.
De acordo com levantamento feito pelo deputado Emiliano José, combatente histórico do carlismo na Bahia, a doação da Ilha do Urubu foi apenas uma das diversas ações de Paulo Souto voltadas, no fim do mandato, para complicar a gestão do sucessor, Jaques Wagner.
Segundo o levantamento entre 4 de outubro e 31 de dezembro de 2006, após ser derrotado por Wagner, Souto partiu para uma política de terra arrasada. Naquele período de apenas três meses, o Diá-rio Oficial registrou a outorga de dezessete áreas de terras do estado, além de doações feitas por órgãos públicos descentralizados de doze imóveis e 1.043 veículos-. Isso sem falar em atos de alterações orçamentárias, cerca de 1,5 bilhão de reais, uma média de 25 milhões por dia, durante os últimos 60 dias úteis do mandato do ex-governador do DEM.
Paulo Souto também alterou o prazo e o valor de recolhimentos do ICMS para antecipar a arrecadação de 2007, no afã de produzir receita e, assim, conseguir fechar o caixa de 2006. As medidas, segundo Emiliano José, atingiram as principais empresas arrecadadoras do tributo na Bahia, entre elas as de telecomunicações, energia elétrica e petróleo, num montante superior a 70 milhões de reais-. Como deferência ao chefe derrotado, Souto concedeu remissão parcial de ICMS e dispensa de multas e acréscimos moratórios para empresas de comunicação locais. Beneficiou diretamente, assim, a Rede Bahia, de propriedade da família de Antonio Carlos Magalhães, hoje controlada pelo filho, o senador Antonio Carlos Magalhães Júnior (DEM).
domingo, 3 de janeiro de 2010
O Gregório de José Serra no Reveillon de Trancoso
Trancoso-BA, o paraíso dos milionários paulistas
Casa de Gregorio Preciado em Porto Seguro: visitas frequentes da mulher de Serra em 2002
Getúlio Vargas teve um chefe da segurança pessoal: Gregório Fortunato.
José Serra tem um ex-sócio e compadre: Gregório Preciado.
A semelhança acaba na rima. Se o Gregório de Vargas morreu pobre e na prisão, acusado de mandante no atentado contra Carlos Lacerda, o Gregório do Serra tem usufruído do patrimônio que ostenta e proporciona aos parentes, em lugares paradisíacos como Trancoso (BA), apesar dos escândalos e processo que corre nos tribunais há anos.
Gregório Marin Preciado é um espanhol naturalizado brasileiro, e casado com a prima de José Serra (PSDB/SP), Vicencia Talan Marin. Até aí tudo bem, não fossem os fatos:
- dele estar sendo processado por uma dívida junto ao Banco do Brasil, perdoada irregularmente pela diretoria demo-tucana na época (Ricardo Sérgio de Oliveira era diretor, ligadíssimo a José Serra);
- por um nebuloso e milionário negócio imobiliário na Ilha do Urubu, em Porto Seguro no governo anterior de Paulo Souto (DEMos/BA);
- pelo consórcio de privatização montado com o mesmo Ricardo Sérgio, levando a Previ, o Banco do Brasil a associarem-se à espanhola Iberdrola, representada por Gregório Preciado, para comprar as empresas estaduais de eletricidade: COELBA (Bahia), a CELPE (Pernambuco) e a COSERN (Rio Grande do Norte);
Em 2002 Preciado já era conhecido pelo patrimônio imobiliário em Trancoso e Porto Seguro, na Bahia, e pelas amizades: família Serra, filho (reconhecido) de FHC, e outros menos famosos.
Coincidentemente, tanto o filho de FHC como a filha de Serra tornaram-se felizes proprietários de casas de luxo na região.
Sua atividade imobiliária famosa mais recente na região envolve o escândalo da Ilha do Urubu em 2006.
Em 2002 o jornal Estado de Minas já publicava (e o Correio Braziliense reproduzia):
Um funcionário de Preciado contou ao Estado de Minas que seu patrão é amigo do ex-ministro da Saúde. "A dona Mônica, mulher do Serra, vem sempre aqui", relatou... Em outra casa de Preciado, no centro de Porto Seguro, o filho de Serra, Luciano, teria passado o réveillon de 2001 na casa de Preciado.
Agora a família Serra já progrediu e já passa o reveillon na mansão própria da filha em Trancoso (BA), Verônica (a "ronaldinha" de Serra), como aconteceu na virada deste ano.
A amizade de José Serra com Preciado chegou ao limite da irresponsabilidade na década de 1990 (os fatos abaixo estão narrados e documentados na denúncia do Ministério Público Federal.
- Segundo relatório da CPI do Banespa, outro ex-sócio de Serra em empresa de consultoria financeira, Vladimir Antônio Rioli (ex-vice-presidente de operações do Banespa), também beneficiou Gregório Preciato, com um empréstimo de R$ 21 milhões.
Detalhe: O próprio Gregório foi membro do Conselho de Administração do Banespa, de 1983 a 1987 (quando José Serra era secretário de planejamento de governo de São Paulo, na gestão Franco Montoro).
- Em 1993 as firmas GREMAFER e ACETO (de Gregório Preciato), tomam um empréstimo no Banco do Brasil.
Em 1994, a GREMAFER e a ACETO não tinha dinheiro para pagar as dívidas com o Banco do Brasil, mas arranjaram dinheiro para fazer doação de R$ 62.442,82 à campanha de JOSÉ SERRA ao Senado, naquele ano.
- José Serra também teve um terreno no Morumbi (bairro nobre da cidade de São Paulo) em sociedade com Gregório Preciado, comprado em 1981. Venderam o terreno em 25 de abril de 1995, coincidentemente um mês antes do Banco do Brasil pedir o arresto do terreno na justiça para receber a dívida de Gregório Preciado. A decisão foi protocolada na Justiça em 25 de julho, mas resultou nula por causa da venda.
- Os favores a José Serra foram além das doações de campanha: o prédio da GREMAFER (mesma empresa inadimplente no Banco do Brasil) foi comitê de campanha nas eleições de 1994 (ao senado) e 1996 (a prefeito).
- Desde 1993, uma outra empresa de consultoria de José Serra, em sociedade com sua filha Verônica, denominada ACP Analise da Conjuntura Econômica e Perspectivas LTDA, sempre funcionou no prédio da firma GREMAFER (Rua Simão Álvares n. 1.020, São Paulo), de propriedade de Gregório Preciado.
- Após os favores, houve renegociação irregular da dívida, e aconteceu os 2 perdões indevidos no Banco do Brasil: um prejuízo no valor de R$ 73 milhões (em dinheiro da época, sem correção para o valor de hoje), uma parte em 1995, quando José Serra era Ministro do Planejamento de FHC (com influência nas nomeações da diretoria do Banco do Brasil, como de Ricardo Sérgio) e outra em 1998.
Esse "perdão" da dívida virou a ação 2002.34.00.029731-6, movida pelo Ministério Público Federal, em curso no Tribunal Regional Federal da 1a. Região (Distrito Federal).
José Serra passou o reveillon 2009 em Trancoso na casa da filha. Não se sabe se na calada da noite foi estourar um campanhe na mansão vizinha da prima e do compadre Gregório.
O que se sabe, pelos processos e escândalos, é o quanto demo-tucanos e suas "amizades" nos custam aos cofres públicos brasileiros.
Casa de Gregorio Preciado em Porto Seguro: visitas frequentes da mulher de Serra em 2002
Getúlio Vargas teve um chefe da segurança pessoal: Gregório Fortunato.
José Serra tem um ex-sócio e compadre: Gregório Preciado.
A semelhança acaba na rima. Se o Gregório de Vargas morreu pobre e na prisão, acusado de mandante no atentado contra Carlos Lacerda, o Gregório do Serra tem usufruído do patrimônio que ostenta e proporciona aos parentes, em lugares paradisíacos como Trancoso (BA), apesar dos escândalos e processo que corre nos tribunais há anos.
Gregório Marin Preciado é um espanhol naturalizado brasileiro, e casado com a prima de José Serra (PSDB/SP), Vicencia Talan Marin. Até aí tudo bem, não fossem os fatos:
- dele estar sendo processado por uma dívida junto ao Banco do Brasil, perdoada irregularmente pela diretoria demo-tucana na época (Ricardo Sérgio de Oliveira era diretor, ligadíssimo a José Serra);
- por um nebuloso e milionário negócio imobiliário na Ilha do Urubu, em Porto Seguro no governo anterior de Paulo Souto (DEMos/BA);
- pelo consórcio de privatização montado com o mesmo Ricardo Sérgio, levando a Previ, o Banco do Brasil a associarem-se à espanhola Iberdrola, representada por Gregório Preciado, para comprar as empresas estaduais de eletricidade: COELBA (Bahia), a CELPE (Pernambuco) e a COSERN (Rio Grande do Norte);
Em 2002 Preciado já era conhecido pelo patrimônio imobiliário em Trancoso e Porto Seguro, na Bahia, e pelas amizades: família Serra, filho (reconhecido) de FHC, e outros menos famosos.
Coincidentemente, tanto o filho de FHC como a filha de Serra tornaram-se felizes proprietários de casas de luxo na região.
Sua atividade imobiliária famosa mais recente na região envolve o escândalo da Ilha do Urubu em 2006.
Em 2002 o jornal Estado de Minas já publicava (e o Correio Braziliense reproduzia):
Um funcionário de Preciado contou ao Estado de Minas que seu patrão é amigo do ex-ministro da Saúde. "A dona Mônica, mulher do Serra, vem sempre aqui", relatou... Em outra casa de Preciado, no centro de Porto Seguro, o filho de Serra, Luciano, teria passado o réveillon de 2001 na casa de Preciado.
Agora a família Serra já progrediu e já passa o reveillon na mansão própria da filha em Trancoso (BA), Verônica (a "ronaldinha" de Serra), como aconteceu na virada deste ano.
A amizade de José Serra com Preciado chegou ao limite da irresponsabilidade na década de 1990 (os fatos abaixo estão narrados e documentados na denúncia do Ministério Público Federal.
- Segundo relatório da CPI do Banespa, outro ex-sócio de Serra em empresa de consultoria financeira, Vladimir Antônio Rioli (ex-vice-presidente de operações do Banespa), também beneficiou Gregório Preciato, com um empréstimo de R$ 21 milhões.
Detalhe: O próprio Gregório foi membro do Conselho de Administração do Banespa, de 1983 a 1987 (quando José Serra era secretário de planejamento de governo de São Paulo, na gestão Franco Montoro).
- Em 1993 as firmas GREMAFER e ACETO (de Gregório Preciato), tomam um empréstimo no Banco do Brasil.
Em 1994, a GREMAFER e a ACETO não tinha dinheiro para pagar as dívidas com o Banco do Brasil, mas arranjaram dinheiro para fazer doação de R$ 62.442,82 à campanha de JOSÉ SERRA ao Senado, naquele ano.
- José Serra também teve um terreno no Morumbi (bairro nobre da cidade de São Paulo) em sociedade com Gregório Preciado, comprado em 1981. Venderam o terreno em 25 de abril de 1995, coincidentemente um mês antes do Banco do Brasil pedir o arresto do terreno na justiça para receber a dívida de Gregório Preciado. A decisão foi protocolada na Justiça em 25 de julho, mas resultou nula por causa da venda.
- Os favores a José Serra foram além das doações de campanha: o prédio da GREMAFER (mesma empresa inadimplente no Banco do Brasil) foi comitê de campanha nas eleições de 1994 (ao senado) e 1996 (a prefeito).
- Desde 1993, uma outra empresa de consultoria de José Serra, em sociedade com sua filha Verônica, denominada ACP Analise da Conjuntura Econômica e Perspectivas LTDA, sempre funcionou no prédio da firma GREMAFER (Rua Simão Álvares n. 1.020, São Paulo), de propriedade de Gregório Preciado.
- Após os favores, houve renegociação irregular da dívida, e aconteceu os 2 perdões indevidos no Banco do Brasil: um prejuízo no valor de R$ 73 milhões (em dinheiro da época, sem correção para o valor de hoje), uma parte em 1995, quando José Serra era Ministro do Planejamento de FHC (com influência nas nomeações da diretoria do Banco do Brasil, como de Ricardo Sérgio) e outra em 1998.
Esse "perdão" da dívida virou a ação 2002.34.00.029731-6, movida pelo Ministério Público Federal, em curso no Tribunal Regional Federal da 1a. Região (Distrito Federal).
José Serra passou o reveillon 2009 em Trancoso na casa da filha. Não se sabe se na calada da noite foi estourar um campanhe na mansão vizinha da prima e do compadre Gregório.
O que se sabe, pelos processos e escândalos, é o quanto demo-tucanos e suas "amizades" nos custam aos cofres públicos brasileiros.
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
Pra não morrer de tristeza
Composição: João Silva / Caboclinho
Núbia Lafayette
Mulher, deixaste tua moradia,
Pra viver de boemia,
E beber nos cabarés,
E eu, pra não morrer de tristeza,
Me sento na mesma mesa,
Mesmo sabendo quem és,
E eu, pra não morrer de tristeza,
Me sento na mesma mesa,
Mesmo sabendo quem és.
Hoje, nós vivemos de bebida,
Sem consolo, sem guarita,
Num mundo enganador,
Quem era eu, quem eras tu, quem somos agora,
Companheiros de outrora,
Inimigos no amor.
Assinar:
Postagens (Atom)