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segunda-feira, 30 de novembro de 2009
DEM: um partido sem raça!
Com o DEM em queda, a Campanha de José Serra 2010 vive mais um momento de declínio com a crise no Governo do Distrito Federal, que envolve o Governador José Roberto Arruda a um esquema de corrupção.
Por Douglas Yamagata
O DEM (não é de Demônios, mas sim de Democratas) é hoje o principal partido aliado do PSDB (tucanos), onde também faz parte da “panelinha” o PPS (Partido Popular Socialista). Juntos, fazem oposição ao Governo Lula e tentam articular um nome para concorrer à presidência da república.
Embora o nome mais cogitado seja o de José Serra para presidente, alguns membros do DEM tem citado Aécio Neves como o candidato preferido. O ex-prefeito César Maia é um dos que diz publicamente sobre a sua preferência por Aécio.
É notória que a pré-candidatura de José Serra está em franca decadência, sendo que nas últimas pesquisas, Dilma diminuiu quase 10% em relação a ele. Esta situação gera um desespero por parte dos aliados, que além de não poder contar com alianças de outros partidos como o PMDB, ainda tem que ver o seu principal pré-candidato naufragar.
O que desanima ainda mais os tucanos e demos, são as recentes polêmicas que os envolvem. Com relação aos tucanos, podemos citar a recente queda da estrutura de uma ponte do Rodoanel de São Paulo, que foi uma nítida lição de incompetência. Com relação aos demos, lembramos o recente aumento em até 600% na cobrança do IPTU de São Paulo.
Os escândalos de corrupção envolvendo o Governador do DEM, José Roberto Arruda, podem colocar uma “pá de cal” sobre as candidaturas e expectativas de crescimento do partido.
DEM e o Darwinismo Político
O DEM, tem suas raízes na época da ditadura. Após a cisão da Arena (principal partido e braço da ditadura) é formado o partido de direita PDS (Partido Democrático Social), em 1980. Em 1985, surge o PFL (Partido da Frente Liberal), fruto da cisão do PDS. O DEM surge em 2007, onde o PFL mudou de nome.
Após o declínio do neoliberalismo na América Latina, a legenda do PFL (Partido da Frente Liberal) resolveu mudar o nome para DEM (Democratas). Afinal, ser liberal no país virou sinônimo de coisa ruim, tanto é que o PL (Partido Liberal), também resolveu mudar para PR (Partido da República).
A morte de Antônio Carlos Magalhães afetou a força política do DEM (ou PFL), ajudando a consolidar o declínio do partido. Podemos ilustrar a impotência do DEM na perda do Governo do Estado da Bahia para o PT, na perda da Prefeitura do Rio de Janeiro para o PMDB e na perda de dezenove cadeiras de deputados nas eleições de 2006.
Os únicos grandes “focos políticos” que restaram ao DEM são: a Prefeitura de São Paulo, cuja má gestão tem colocado em cheque a administração do prefeito Gilberto Kassab; e o Governo do Distrito Federal, encabeçado por José Roberto Arruda, cujo mandato está prestes a ser cassado devido ao esquema de corrupção desbaratado pela Polícia Federal.
Os novos quadros biônicos criados pelo DEM não dão conta de tamanha responsabilidade herdada dos papais e vovôs. Rodrigo Maia e ACM Neto são moleques inexperientes e estão perdidos sem saber dar respostas ao seu eleitorado, frente ao governo Lula.
Quando não se “aposentam” (como é o caso de ACM), os velhos quadros estão ultrapassados e decadentes. Isto quando não são traídos pelos seus companheiros tucanos, como é o caso de Alckimin e Serra que deixaram para o intelectual, Cláudio Lembo, a missão de ficar com o ônus do Governo do Estado no episódio do PCC.
Já Jorge Borhausen, perdeu o cargo de Senador em 2007 e a cabeça quando teria dito “vamos acabar com essa raça” - se referindo aos militantes do PT.
Ao que parece, dentro deste “darwinismo político” criado por Borhausen, a “raça” do PT não está em extinção - está fortalecida.
No entanto, o DEM parece em franca extinção. E não devido à retaliação política de outros partidos - mas sim, devido à natural incompetência do partido e de seus quadros políticos.
Postado por Douglas Yamagata